São 9h00 da manhã, apanho o Autorcarro 480 para Tel Aviv na Central Bus Station. A viagem demora cerca de 1 hora.
O autocarro parou no terminal de combóios em Tel Aviv. Fiquei a saber que poderia apanhar ali o combóio para o Aeroporto de Tel Aviv, apos perguntar a um segurança da estação. Tentei saber se possuiam cacifos para poder deixar toda a minha "tralha" (que não era tão pouca quanto isso) lá, mas disseram-me que não, conclusão teria que andar com tudo atrás, só me falta mais esta, para terminar em beleza a minha estadia em Israel. Merav Amir me tinha dito no dia anterior que, após chegar a Tel Aviv deveria apanhar o autocarro 5 e pedir ao motorista que me dissesse para sair na Square Milano. Eram 10h05, um pouco cedo, mas decidi ir o quanto antes porque não sabia onde era e se levaria algum tempo a lá chegar, pois tinha combinado encontrar-me com a Merav às 12h00. Estava um autocarro 5 pronto a partir, perguntei ao motorista se passava pela Square Milano, e ele após pensar um pouco disse-me que sim, isso levou a que me viesse à cabeça a minha última viagem de autocarro em Jerusalem, quando o motorista se lembrou que eu deveria ter saído duas paragens depois. Durante toda a viagem, tentei ver se nas paragens ou no nome das ruas via escrito Square Milano. Desta vez correu tudo bem, o motorista mandou-me sair e era aquele lugar, pelo menosera o que estava escrito na placa de paragem do autocarro. Eram 10h45, muito cedo para o encontro, decidi ver se encontrava algum café por perto, onde pudesse beber um café e me sentar um pouco para passar o tempo. Após andar algumas centenhas de metros lá encontrei um. Entrei, pedi um café expresso e qualquer coisa para comer. Sentei-me na esplanada. Enquanto ioa apreciando o meu café expresso, ia admirando as vistas da cidade em redor. Não eram tão bonitas com as de Jerusalem. Precebe-se que Tel Aviv é muita cidade ocidental, mais moderna. Muitos prédios altos, muito cimento e vidro. Aproximava-se a hora, caminhei novamente para o local de onde tinha saído do autocarro, porque aí era o local combinado. Faltavam 10 minutos para a hora, telefonei à Merav, para lhe dizer que já lá estava. Ela então disse-me que se encontraria comigo num café que ficava no cruzamento chamado "Zorik" dentro de 10 minutos. Como antes tinha andado à procura de um café e aquele tinha sido o único que tinha visto nas redondezas, caminhei novamente para lá. Mas ao chegar, mais uma vez, verifiquei que os nomes estavam em hebraico, não sabia se era aquele ou não. Começo a olhar em volta para ver se vejo alguém com ar que saiba inglês à qual pudesse perguntar se era o café correcto. Vejo uma jovem a atravessar a rua. Pergunto-lhe se fala inglês, disse-me que sim, num inglês bastante bom. Disse-lhe que me ia encontranr com uma pessoa num café chamado "Zorik", mas não sabia se era aquele. Disse-me que aquele não era, chamava-se "Aroma" (engraçado é o mesmo nome do café que estava em frente ao hotel, sei porque a rede wifi de lá era a aroma.co.il). Disse-me que não conhecia nenhum café com esse nome popr ali mas, prontificou-se a falar com o meu contacto caso lhe quisesse telefonar para saber onde era. Telefonei novamente à Merav e contei-lhe o que se passava e disse-lhe para falar com a jovem. As lá falaram em hebraico, não percebi nada mas, quando terminou disse-me com um sorriso na cara "afinal a pessoa é uma ela!", respondi que sim. Disse-me que o café que queria era um pouco complicado de me indicar a partir daquele ponto mas que a Merav me iria buscar em frente ao Aroma, agradeci e despedi-me da moça a qual me desejou uma boa estadia em Tel Aviv (simpática a moça, não é muito comum por estes lados).
Passados poucos minutos, toca o telemóvel e quando ia para atender, viro-me ligeiramente e reparo numa rapariga a caminhar na minha direcção. Penso que será Merav, e não me engano. Merav era uma rapariga dos seus trinta anos, extremamente simpática. Feitas as apresentações fomos tomar um café no Aroma para podermos conversar. Primeiro expliquei o porquê da minha visita a Israel, depois expliquei-lhe que tinha sido a Yehudit que me tinha dito que seria uma boa ideia me encontrar com ela, porque era a pessoa que estava mais por dentro das tecnologias na organização.
Disse-se que uma das suas funcções era a programação. Pois bem, senti-me em casa, finalmente podias falar com alguém sem ter receio de estar a falar para alguém que não percebesse o que eu estava a falar. Como andava com o meu portátil (nestas alturas é que vemos que o portátil não é nada portátil, pesa "toneladas", experimentem andar com ele um dia inteiro... :) ). Mostrei-lhe a apresentação que tinha preparado para a Machsom Watch. Expliquei-me de uma forma detalhada, a plataforma, tanto a genérica com a sua adaptação à Machsom Wacth. Ela disse-me que gostava da ideia, que era uma boa ideia, só que tinha dúvidas se conseguiria aplicá-la na organização, porque a maioria das mulheres que são membros são tenofóbicas. Ela andava já à bastante tempo a tentar que os membros utilizassem a câmara de filmar aquando das suas rondas, pois quase todos os vídeos que a organização possúi foram filmados por ele, e elas mostram-se muito remitentes ao uso de novas tecnologias. Explicou-me que o telefone para elas é só para receber e fazer chamadas, só sabem que o botao verde atende e o botão vermelho rejeita (durante as rondas que eu acompanhei houve certas situações que me apercebi exactamente disso...). Mas tirando isso achava que o sistem era bastante bom é seria bastante útil caso não fosse estes entraves. Respondi que, pessoalmente, achava que, apesar de que na actualidade existirem bastantes pouco jovens na organização, ao longo do tempo o eixo de idades deveria se inverter, porque mais jovens entrariam para lá. Explicou-me que para os jovens que estão na organização não é muito fácil, pois todos os membros têm de prescindir de um dia de trabalho por semana para ir para os chekpoints e isso não é muito fácil.
Mesmo assim, transmiti-lhe a minha confiança que o sistema poderia ser aplicado à organização e os seus membros poderiam, sem grande esforço, utiliza-la como suporte nas suas acções. Merav, sorriu, e reiterou a sua teoria, que seria um óptimo sistema se não fosse para ser aplicado na Machsom Watch.
Ainda houve tempo para a Merav efectuar testes reais com a aplicação. Estavamos a chegar ao fim. ela tinha que ir trabalhar. Trabalhava em casa, disse-me que se eu quisesse poderia deixar as coisas em sua casa até às 16h00, enquanto eu poderia ver um pouco de Tel Aviv. Aceitei a oferta, fui até à sua casa e deixei lá as coias, estava lá lá outra mouça, percebi que aquela casa era tipo de uns escritórios. Sai trazendo somentte a minha câmara e fui dar umas voltas não muito longe do local. Às 16h00 em ponto estava à porta e telefonei à Merav. Ela abriu-me a porta, fui buscar as minhas coisas, despedimo-nos rapidamente, porque ela estava no meio de uma reunião.
Apanhei novamente o autocarro 5 para a estação do caminho de ferro. Na estação comprei o bilhete para o aeroporto mas fiquei sem saber em que plataforma eu teria que apanhar o combóio. Mais uma vez, nada escritoem inglês. Começo a olhar em volta quando jevo um homem (deveria ter mais ou menos a minha idade) a passar por mim, pergunto-lhe se fala inglês. Respondeu que sim e, após lhe perguntar qual era a plataforma para apanhar o combóio para o aeroporto, disse-me que poderia-me indicar, pois também ia apanhar esse combóio. Ao longo do caminho, foi fazendo perguntas do dipo, o que é que eu tinha ido fazer a Israel, se conhecia lá alguém, se tinha visitado alguém, etc. Comecei a achar que o tipo de perguntas que me estava a fazer, algumas delas eram pouco usuais para serem feitas a alguém que não conhecemos. Entretanto chegou o comboio, entrámos, desejou-me boa viagem, e foi-se sentar na carruagem da direita. Durante alguns segundos, dei comigo a pensar nas perguntas que ele me tinha feito. Olhei para a carruagem da esquerda estava vazia, estava para ir para lá, quando de repende olho para a da direita e reparo qie estava ele, semi cruvado a olhar para mim (porque estava de costas para mim). Pensei rapidamente, edecidi ir para a mesma carruagem onde ele estava, para não dar nas vistas. Perguntei-lhe se me podia sentar ao pé dele, disse-me que sim. Naquele combóio, os assentos são conjuntos de 4 lugares com uma mesa no meio. A pessoa que ia à nossa frente levantou-se, e ele passou para o outro lado (para a minha frente). Pousou umas folhas agrafadas que trazia consigo escritas em hebraico. Então começou a parte mais estranha da viagem. Ele lia durante alguns segundos, e depois fazia perguntas, eu respondia-lhe e ele riscava, nas folhas e fazias puxadas de notas nos lados das folhas, parecia um autêntico interrogatório. A mais estranha foi perguntar-me se tenho muito o costume de fazer viagens sózinho. Respondi-lhe que não, mas tinha recebido esta viagem como bónus do meu chefe, como prova de reconhecimento do meu trabalho. Enquanto estava a falar com ele, peguei no telemóvel e fiz de conta que estava a enviar um sms. Na verdade estava a apagar todos os vestígios que tinha lá, como era o caso da aplicação, númros efectuados e recebidos, para o caso da situação dare para o torto não haver provas concretas.
Finalmente chegou a estação onde era para eu sair, despedi-me, e saí, e confirmei que ele continuou no combóio. Estava no aeroporto, já não faltava muito até estar em casa novamente. Durante toda a noite que passei no aeroporto, passei-a a destruir aos poucos todos os indicíos que tinha e a espalhá-los pelos mais diversos contentores do lixo (já sei que estão a pensar que isso era demais, mas depois da minha viagem de combóio com aquela personagem misteriosa, muita coisa me passou pela cabeça, e mais vale prevenir do que remediar...).
O aviso mais engraçado que ouvi até hoje num aeroporto foi aquele que passava de 10 em 10 minutos lá. "É expressamente proíbico andar armado dentro das instalações do aeroporto", caso não tivesse visto como as pessoas andam na rua, pensaria que aquilo era alguma piada... mas não, qualquer um anda armada em Israel e, isso assusta.
Chegou a hora de fazer o check-in, primeiras inspeccções, tudo bem. Calhou-me uma moça para inspeccionar a minha bagagem. Só a mala coim a roupa seria inspeccionada. Lá fez os testes todos e nada deu de errado. Perguntou-me se trazia algum tipo de dispositivo electrónico na mala, disse-lhe que não, foi então que me lembrei que trazia um pequeno camelo que tinha comprado para a minha filha. O boneco falava. Era um camelo que tinha escrito "I love Jerusalem". Perguntou-me se falava, disse-lhe que sim e então premi o botão e o Camelo lá disse "I love You", a jovem olhou para mim, sorriu, viou o polegar para cima como em sinal que tinha gostado do que tinha ouvido e disse-me, ainda a sorri, que podia seguir.
Última inspeção, à minha mochila, câmara e boneca que tinha compredo para a minha filha. Mais uma jovem toda simpática, lá inspeccionou tudo, até a boneca tive que retirar o papel de embrulho, para ser analisada. Tudo correr bem, depois teve a preocupação de arranjar um pouco de fita cola para poder embrulhá-la de novo. Resultado quando estava a chegar à porta de embarque era o último. Disseram-me que era o último, pedi desculpas, mas apetecia-me lhes dizer que se queriam pôr culpas em alguêm que as pusessem na segurança, que passa-se lá tempos infinitos.
Quando Aterrei em Espanha, e pisei solo europeu, sabia que estava finalmente bem. Quando passei pela porta de desembarque, o segurança que estava à porta tinha sido o mesmo que me tinha feito a revista à ida e não é que ele ainda se lembrava de mim? Cumprimentou-me, e eu cumprimentei-o a ele. Está a acabar, pensei eu.
Para terminar em grande esta minha viagem, nada melhor do que voltar para casa no mesmo avião do que a equipa de sénior basquetebol feminino Russa. Eu sou alto mas havia lá duas, que eram muito mais altas do que eu, senti-me bem, nem é sempre que não se é a torre mais alta...
O autocarro parou no terminal de combóios em Tel Aviv. Fiquei a saber que poderia apanhar ali o combóio para o Aeroporto de Tel Aviv, apos perguntar a um segurança da estação. Tentei saber se possuiam cacifos para poder deixar toda a minha "tralha" (que não era tão pouca quanto isso) lá, mas disseram-me que não, conclusão teria que andar com tudo atrás, só me falta mais esta, para terminar em beleza a minha estadia em Israel. Merav Amir me tinha dito no dia anterior que, após chegar a Tel Aviv deveria apanhar o autocarro 5 e pedir ao motorista que me dissesse para sair na Square Milano. Eram 10h05, um pouco cedo, mas decidi ir o quanto antes porque não sabia onde era e se levaria algum tempo a lá chegar, pois tinha combinado encontrar-me com a Merav às 12h00. Estava um autocarro 5 pronto a partir, perguntei ao motorista se passava pela Square Milano, e ele após pensar um pouco disse-me que sim, isso levou a que me viesse à cabeça a minha última viagem de autocarro em Jerusalem, quando o motorista se lembrou que eu deveria ter saído duas paragens depois. Durante toda a viagem, tentei ver se nas paragens ou no nome das ruas via escrito Square Milano. Desta vez correu tudo bem, o motorista mandou-me sair e era aquele lugar, pelo menosera o que estava escrito na placa de paragem do autocarro. Eram 10h45, muito cedo para o encontro, decidi ver se encontrava algum café por perto, onde pudesse beber um café e me sentar um pouco para passar o tempo. Após andar algumas centenhas de metros lá encontrei um. Entrei, pedi um café expresso e qualquer coisa para comer. Sentei-me na esplanada. Enquanto ioa apreciando o meu café expresso, ia admirando as vistas da cidade em redor. Não eram tão bonitas com as de Jerusalem. Precebe-se que Tel Aviv é muita cidade ocidental, mais moderna. Muitos prédios altos, muito cimento e vidro. Aproximava-se a hora, caminhei novamente para o local de onde tinha saído do autocarro, porque aí era o local combinado. Faltavam 10 minutos para a hora, telefonei à Merav, para lhe dizer que já lá estava. Ela então disse-me que se encontraria comigo num café que ficava no cruzamento chamado "Zorik" dentro de 10 minutos. Como antes tinha andado à procura de um café e aquele tinha sido o único que tinha visto nas redondezas, caminhei novamente para lá. Mas ao chegar, mais uma vez, verifiquei que os nomes estavam em hebraico, não sabia se era aquele ou não. Começo a olhar em volta para ver se vejo alguém com ar que saiba inglês à qual pudesse perguntar se era o café correcto. Vejo uma jovem a atravessar a rua. Pergunto-lhe se fala inglês, disse-me que sim, num inglês bastante bom. Disse-lhe que me ia encontranr com uma pessoa num café chamado "Zorik", mas não sabia se era aquele. Disse-me que aquele não era, chamava-se "Aroma" (engraçado é o mesmo nome do café que estava em frente ao hotel, sei porque a rede wifi de lá era a aroma.co.il). Disse-me que não conhecia nenhum café com esse nome popr ali mas, prontificou-se a falar com o meu contacto caso lhe quisesse telefonar para saber onde era. Telefonei novamente à Merav e contei-lhe o que se passava e disse-lhe para falar com a jovem. As lá falaram em hebraico, não percebi nada mas, quando terminou disse-me com um sorriso na cara "afinal a pessoa é uma ela!", respondi que sim. Disse-me que o café que queria era um pouco complicado de me indicar a partir daquele ponto mas que a Merav me iria buscar em frente ao Aroma, agradeci e despedi-me da moça a qual me desejou uma boa estadia em Tel Aviv (simpática a moça, não é muito comum por estes lados).
Passados poucos minutos, toca o telemóvel e quando ia para atender, viro-me ligeiramente e reparo numa rapariga a caminhar na minha direcção. Penso que será Merav, e não me engano. Merav era uma rapariga dos seus trinta anos, extremamente simpática. Feitas as apresentações fomos tomar um café no Aroma para podermos conversar. Primeiro expliquei o porquê da minha visita a Israel, depois expliquei-lhe que tinha sido a Yehudit que me tinha dito que seria uma boa ideia me encontrar com ela, porque era a pessoa que estava mais por dentro das tecnologias na organização.
Disse-se que uma das suas funcções era a programação. Pois bem, senti-me em casa, finalmente podias falar com alguém sem ter receio de estar a falar para alguém que não percebesse o que eu estava a falar. Como andava com o meu portátil (nestas alturas é que vemos que o portátil não é nada portátil, pesa "toneladas", experimentem andar com ele um dia inteiro... :) ). Mostrei-lhe a apresentação que tinha preparado para a Machsom Watch. Expliquei-me de uma forma detalhada, a plataforma, tanto a genérica com a sua adaptação à Machsom Wacth. Ela disse-me que gostava da ideia, que era uma boa ideia, só que tinha dúvidas se conseguiria aplicá-la na organização, porque a maioria das mulheres que são membros são tenofóbicas. Ela andava já à bastante tempo a tentar que os membros utilizassem a câmara de filmar aquando das suas rondas, pois quase todos os vídeos que a organização possúi foram filmados por ele, e elas mostram-se muito remitentes ao uso de novas tecnologias. Explicou-me que o telefone para elas é só para receber e fazer chamadas, só sabem que o botao verde atende e o botão vermelho rejeita (durante as rondas que eu acompanhei houve certas situações que me apercebi exactamente disso...). Mas tirando isso achava que o sistem era bastante bom é seria bastante útil caso não fosse estes entraves. Respondi que, pessoalmente, achava que, apesar de que na actualidade existirem bastantes pouco jovens na organização, ao longo do tempo o eixo de idades deveria se inverter, porque mais jovens entrariam para lá. Explicou-me que para os jovens que estão na organização não é muito fácil, pois todos os membros têm de prescindir de um dia de trabalho por semana para ir para os chekpoints e isso não é muito fácil.
Mesmo assim, transmiti-lhe a minha confiança que o sistema poderia ser aplicado à organização e os seus membros poderiam, sem grande esforço, utiliza-la como suporte nas suas acções. Merav, sorriu, e reiterou a sua teoria, que seria um óptimo sistema se não fosse para ser aplicado na Machsom Watch.
Ainda houve tempo para a Merav efectuar testes reais com a aplicação. Estavamos a chegar ao fim. ela tinha que ir trabalhar. Trabalhava em casa, disse-me que se eu quisesse poderia deixar as coisas em sua casa até às 16h00, enquanto eu poderia ver um pouco de Tel Aviv. Aceitei a oferta, fui até à sua casa e deixei lá as coias, estava lá lá outra mouça, percebi que aquela casa era tipo de uns escritórios. Sai trazendo somentte a minha câmara e fui dar umas voltas não muito longe do local. Às 16h00 em ponto estava à porta e telefonei à Merav. Ela abriu-me a porta, fui buscar as minhas coisas, despedimo-nos rapidamente, porque ela estava no meio de uma reunião.
Apanhei novamente o autocarro 5 para a estação do caminho de ferro. Na estação comprei o bilhete para o aeroporto mas fiquei sem saber em que plataforma eu teria que apanhar o combóio. Mais uma vez, nada escritoem inglês. Começo a olhar em volta quando jevo um homem (deveria ter mais ou menos a minha idade) a passar por mim, pergunto-lhe se fala inglês. Respondeu que sim e, após lhe perguntar qual era a plataforma para apanhar o combóio para o aeroporto, disse-me que poderia-me indicar, pois também ia apanhar esse combóio. Ao longo do caminho, foi fazendo perguntas do dipo, o que é que eu tinha ido fazer a Israel, se conhecia lá alguém, se tinha visitado alguém, etc. Comecei a achar que o tipo de perguntas que me estava a fazer, algumas delas eram pouco usuais para serem feitas a alguém que não conhecemos. Entretanto chegou o comboio, entrámos, desejou-me boa viagem, e foi-se sentar na carruagem da direita. Durante alguns segundos, dei comigo a pensar nas perguntas que ele me tinha feito. Olhei para a carruagem da esquerda estava vazia, estava para ir para lá, quando de repende olho para a da direita e reparo qie estava ele, semi cruvado a olhar para mim (porque estava de costas para mim). Pensei rapidamente, edecidi ir para a mesma carruagem onde ele estava, para não dar nas vistas. Perguntei-lhe se me podia sentar ao pé dele, disse-me que sim. Naquele combóio, os assentos são conjuntos de 4 lugares com uma mesa no meio. A pessoa que ia à nossa frente levantou-se, e ele passou para o outro lado (para a minha frente). Pousou umas folhas agrafadas que trazia consigo escritas em hebraico. Então começou a parte mais estranha da viagem. Ele lia durante alguns segundos, e depois fazia perguntas, eu respondia-lhe e ele riscava, nas folhas e fazias puxadas de notas nos lados das folhas, parecia um autêntico interrogatório. A mais estranha foi perguntar-me se tenho muito o costume de fazer viagens sózinho. Respondi-lhe que não, mas tinha recebido esta viagem como bónus do meu chefe, como prova de reconhecimento do meu trabalho. Enquanto estava a falar com ele, peguei no telemóvel e fiz de conta que estava a enviar um sms. Na verdade estava a apagar todos os vestígios que tinha lá, como era o caso da aplicação, númros efectuados e recebidos, para o caso da situação dare para o torto não haver provas concretas.
Finalmente chegou a estação onde era para eu sair, despedi-me, e saí, e confirmei que ele continuou no combóio. Estava no aeroporto, já não faltava muito até estar em casa novamente. Durante toda a noite que passei no aeroporto, passei-a a destruir aos poucos todos os indicíos que tinha e a espalhá-los pelos mais diversos contentores do lixo (já sei que estão a pensar que isso era demais, mas depois da minha viagem de combóio com aquela personagem misteriosa, muita coisa me passou pela cabeça, e mais vale prevenir do que remediar...).
O aviso mais engraçado que ouvi até hoje num aeroporto foi aquele que passava de 10 em 10 minutos lá. "É expressamente proíbico andar armado dentro das instalações do aeroporto", caso não tivesse visto como as pessoas andam na rua, pensaria que aquilo era alguma piada... mas não, qualquer um anda armada em Israel e, isso assusta.
Chegou a hora de fazer o check-in, primeiras inspeccções, tudo bem. Calhou-me uma moça para inspeccionar a minha bagagem. Só a mala coim a roupa seria inspeccionada. Lá fez os testes todos e nada deu de errado. Perguntou-me se trazia algum tipo de dispositivo electrónico na mala, disse-lhe que não, foi então que me lembrei que trazia um pequeno camelo que tinha comprado para a minha filha. O boneco falava. Era um camelo que tinha escrito "I love Jerusalem". Perguntou-me se falava, disse-lhe que sim e então premi o botão e o Camelo lá disse "I love You", a jovem olhou para mim, sorriu, viou o polegar para cima como em sinal que tinha gostado do que tinha ouvido e disse-me, ainda a sorri, que podia seguir.
Última inspeção, à minha mochila, câmara e boneca que tinha compredo para a minha filha. Mais uma jovem toda simpática, lá inspeccionou tudo, até a boneca tive que retirar o papel de embrulho, para ser analisada. Tudo correr bem, depois teve a preocupação de arranjar um pouco de fita cola para poder embrulhá-la de novo. Resultado quando estava a chegar à porta de embarque era o último. Disseram-me que era o último, pedi desculpas, mas apetecia-me lhes dizer que se queriam pôr culpas em alguêm que as pusessem na segurança, que passa-se lá tempos infinitos.
Quando Aterrei em Espanha, e pisei solo europeu, sabia que estava finalmente bem. Quando passei pela porta de desembarque, o segurança que estava à porta tinha sido o mesmo que me tinha feito a revista à ida e não é que ele ainda se lembrava de mim? Cumprimentou-me, e eu cumprimentei-o a ele. Está a acabar, pensei eu.
Para terminar em grande esta minha viagem, nada melhor do que voltar para casa no mesmo avião do que a equipa de sénior basquetebol feminino Russa. Eu sou alto mas havia lá duas, que eram muito mais altas do que eu, senti-me bem, nem é sempre que não se é a torre mais alta...