sexta-feira, 31 de outubro de 2008

31 de Outubro - 3.º Dia


São 8h25 e eu estou no cruzamento da Kings George Street e a Ramban Street, em frente ao Prima Kings Hotel à espera do meu contacto, Efrat Bendenisti. Às 8h30, pára um carro perto de mim, era a Efrat. Durante o caminho para ir buscar outro membro, fazemos as apresentações, passo a explicar a plataforma e como surgiu a ideia. Ela achou brilhante a ideia (começa a ser boas recepções por parte dos membros), perguntei-lhe se a Yehudit não lhes tinha transmitido nada sobre a plataforma e a minha vinda aqui. Disse-me que não, mas fiquei a sabber que a Yehudit, é uma das fundadoras da Machsom Watch, e é ela que faz a maioria das escalas os membros. Amanhã será o grande dia, o meu encontro com a Yehudit. Ontem quando lhe telefonei para o telemóvel, noite, disse-me que hoje não poderia se enconcontrar comigo, porque tnha a mãe doente e tinha que cuidar dela, mas encontrríamo-nos sábado.
Entretanto chegámos perto da outro membro da Machsom Watch, Leah, foram feitas as apresentações, Efrat encarregou-se de lhe explicar o que lhe tinha dito, como er mais rápido e fácil para ela, falou em hebraico (presumo que tenha dito exactamente aquilo que lhe tinha dito anteriormente.) Fomos para o posto de controlo em Bethlelem. Aqui seria a minha primeira experiência séria desde que cá estou. Apercebi-me quando estávamos a chegar, quando comecei a ver o grande muro que isola Bethlelem do resto. Passados 20 ou 25 minutos de viagem, páramos o carro existem diversos militares nas redondezas bem armados e com coletes à prova de bala.



Este checkpoint é fechado e, pelas instalações vistas pelo exterior, deveria ser bastante grande. Perguntei se poderia levar a máquina e tirar fotografias, disseram-me que não, ali nãao permirim porque como era fechado, era um complexo militar, logo não era permitido tirar fotografias.Com muita pena minha, deixei a câmara no carro e lá fomos para dentro do completo.
Posso dizer que mete respeito, até passarmos para a parte de dentro tivémos que passar por vários corredores ao ar livre, cheios de grades e arame farpado. Já tinha visto muito na televisão, mas acreditem ao vido é bastante pior a sensação de se ter que passar por aqueles sítios é uma sensação única, posso-vos garantir.
Lá entrámos, neste posto existem deste lado (israelita), 10 postos de controlo, mas só dois estavam a funcionar, havia pouco trânsito (digo pouco, cerca de 10 pessoas em cada um dos postos de cada vez, porque ao longo do caminho tinham-me dito que era m dos com maior movimentos, e que era mesmo impressionante as condições e horas que tinham que estar ali, os palestinianos para poderem atravessar) mas, explicaram-me que hoje (sextas-feiras) não se trabalha é só para orar, logo o movimento é muito menor, eos vistos passados aaos palestinianos, são também muto menores.
Todo o processo de controlo que os palestinianos tem que fazer é extremamente rigoroso. Começam por pôr as palmas das mãos num detector (ainda por cima tem qque ter uma posição especifica, o que por vezes os mais idosos não conseguiam validar esse processo sem ser à quarta ou quinta tentativa) só após o reconhecimento da palma da mão (que segundo a Efrat, é para identificar se são palestianos ou não) passam para a frente do posto de controlo, mostram o papel de autorização, o militar introduz o nome no computador, caso fique verde, poder passar, caso contrário, não passa.
O que mais me fez impressão, era ver uns homens e mulheres armados, mas qque não se pareciam nada com militares. Explicaram-me que eraam pessoas contratadas pelos militares para fazerem guarda ali (versão de mercenários Light). Tive pena não poder tirar-lhes uma fotografia para poderem ver a figura deles. Cabelo espetado cheio de gel, metade preto, cristas louras, barda que mais parecia pintada, tão fina que era, óculos escuros, calças ao fundo das pernas, colete à prova de bala, metralhadora e pistola, 4 ou 5 pentes de munições, telemóvel e a olhar para nós com cara e esquisitos. Eu só pensava para mim, que cambada de crianças estavam ali, a maioria deles acho que se tessem um tabefe caiam logo, a sorte deles era ter uma senhora duma arma nas mãos.
Tivémos ali cerca de 1 hora, então Efrat pediu-me, que visto elas não poderem passar para o lado de la do checkpoint, por serem Israelitas (os israelitas estão proíbidos de passar para o lado e lá), como eu tinha passaporte português se lhes podia fazer o favor de passar para o lado de lá e ver como a situação estava no outro lado e, que para mim taambém seria uma oportunidade de ver pelos meus próprios olhos como era o processo, já que elas não o poderia fazer.
Acedi ao pedido (com um bocado de receio, mas lá fui). Efrat, verificou se tinha o meu número de telemóvel e eu o dela, para caso de alguma coisa desse para o torto.
Mostrei o meu passaporte no posto de controlo e lá passei para o outro lado. Enquanto percorria os corredores até ao exterior, só pensava que iria ter a oportunidade de ver Belém. Não digo que não ia com um pouco de receio. Quando entrei na parte final, e passei para o corredor de grades e arame frapado, comecei a ver ao fundo um grupo e homens encostados ao muro. Eram ainda bastantes, e começaram a olhar para mim, era o único qque ía naquela direcção. Pensei que só queria sair dali. mas para sair tinha mesmo que passar por eles e, não podia voltar para trás, porque os processos de rodas metálicas só andam num sentido. Segui em frente, passei por eles e pronto, lá me esbarraraam eles o cminho. Poque é que eu já estava a imaginar que isto iria acontecer? Eram taxistas. Cada um deles queria que eu fosse no carro dele. Primeiro disse não qqueria táxi nenhum, mas pela conversa que ia começando a haver, e a ver-me rodeado aí por uns 20 taxistas a olhar com cara muito séria para mim, não gostei muito na situação. Começei a ver o caso mal paraado, naquele lado não se vê um único soldado, nem polícia, comecei a ter um pouco mais de receio. Uma coisa é uma pessoa dizer a outra a situação, e a outra pessoa dirá que não haveria razões para isso, outra é nós estarmos numa situação dessas. Digo-vos, não é nada, mas mesmo nada agradável. Senti-me tão rodeado, tão apertado, porque eles iam fechando o cerco à minha volta, e falam entre eles hebraico, só me perguntávam onde queria ir, não poderia ir a pé, eu bem lhe dizia que tinha amigos que estavam à minha espera do outro lado, mas não paravam, começaram a ter uma postura mais agressiva. Naquele momento, tinha duas saídas possíveis, mandava-os desviar para eu passar e dizia-lhe que não queria táxi e onde eu ia era comigo, ponderei essa hipótese mas não a escolhi por não achar a mais sensata. Poderia acabar sem todo o dinheiro que trazia comigo, e ainda era algum, sem grandes problemas, por ali não me poderia ir queixar a ninguém, ou aceitava algum tipo de viagem. Optei pelo último, eu bem lhes dizia qque tinha que meir embora porque os meus amigos tão tinham que se ir embora, mas não tive a mínima hipótese. Lá telefonei à Efrat a contar-lhe o sucedido e a dize-lhe iria então fazer uma curta viagem de táxi, porque não via maneira de sair dali. Disse-lhe meia hora, ela disse uqe esperaria por mim. Disse a um deles que teria que estar de volta dentro de 15 minutos, e ele disse-me que não daria muito para ver mas eu disse-lhte inha trazido minha máquina fotográfica iria lá outra altura para fazer a viagem com mais calma. O conddutor que me calhou, por acaso até era bastante simpático (pudera já tinha o que queria) mostrou os pontos mais importantes da cidade. Digo-vos uma coisa, vale a pena ir lá, é simplesmente linda, não se consegue descrever, tive mesmo pena não ter a câmara comigo. Lá passaram os quinze minutos, e estava de regresso ao ponto de partida. Esta pequena brincadeira custou 100 NILs (ou seja 20 euros), agora imaginem se fosse de 1 ou 1hora e meia, como eles queria, aí por volta de 500 NILs (cerca de 100 euros ou mais...) com estas despesas é que eu não estava a contar...
Passando à frente, fui para o posto de controlo para passar para o outro lado. estavam lá cerca de umas 100 ou 150 pessoas. Antes de lá chegar passa-se por um controlo mais ligeiro. À minha frente ía uma senhora já com uma certa idade, que o livre trâansto ue ela tinha não estava válido, não a deixaram passar, eu bastei mostrar o passaporte.
No segundo controlo demorei cerca de 20 minutos, tinhamos qque tirar tudo dos bolsos por numa máquina para inspecção, depois passavamos por um detector de metais. Lá tirei o sinto, e coloquei a carteira e o telemóvel na passadeira, ao passar pelo detector demetaais acusou , tinha-me esquecido de tirar o passaporte do boldo da camisa e uma caneta, mas como virm o passaporte, mandaram-me passar, se fosse um palestianiano, tinha sarilhos, quase de certeza.
Lá passei o posto de controlo, entretanto, durante o caminho tinha o meu telemóvel a tocar, era a Efrat, que começava a ficar um pouco preocupada.
Saímos do posto de controlo e fomos para o carro, entretanto cá fora, peguei na minha câmara e perguentei se lhe podia tirar uma fotografia a elas, disseram que sim, após se notar que estávam um pouco envergonhadas. Enquanto esperava que elas se organizassem tirei duas ou três fotografias ao murro e à parte da cidade que se via. Ouvi logo uma ordem para para de tirar fotografias por parte de um militar, pedi desculpa e dise-lhe que não sabia que não podia. Entretanto ainda consegui tirar-lhes a fotografia a elas. Entrámos para o carro, e quando olhámos estava um militar a rondar o carro a olhar para o carro mas seguiu caminho.



Ao fim de cerca de 2 horas e meia voltámos, deixaram-me no mesmo sítio onde tinham ido buscar-me.

Durante a tarde, sem agenda feita, aproveitei para visitar a cidade velha. Bastante imperessante, de se visitar e com bastante comércio.

No final da tarde recebi um mail da Ronny, com o plano das próximas saídas. O plano é o seguinte:

Sunday morning: Kalandia (near Rammallh) with Avital Toch
Sunday afternoon: Bethlehem with a very experienced woman - Yael Shalem
OR Kalandia again -Roni Hammerman
Monday morning: Bethlehem and surrounding checkpoints with Ada Gorni
OR Abu Dis and surroundings with Maya Baily
Monday afternoon : Abu Dis and surroundings with Ilana Duker
OR Kalandia with Matanya Ginsburg


Parece que vou ter os próximos dias bastante preenchidos. Ainda não escolhi a quais vou.
Por hoje a aventura terminou.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dia 30 de Outubro


08h35 da manhã, toca o telefone, tinha acabado de abrir os olhos minutos antes, estranhei, não tinha pedido para me acordarem. Era a Ronny, um dos meus contactos...
Ficou admirada por ainda estar na cama... Eu não, tinha passado um dia do caneco, com uma directa em cima...
Combinámos para nos encontrarmos por volta das 12h00. Às 12h00, cá estava ela com outro membro a Avital. Ambas as senhoras na casa dos 50/60 anos. fomos tomar um café perto do hotel.
A Ronny começou por perguntar-me qual o propósito da minha visita a Israel (é aqui é que eu reparei que nada ficou bem defenido, nem a Yehudit lhe deve ter comunicado os mails enviados). Expliquei, a plataforma, ela perguntou qual o interesse que nós tinhamos tido para ter adoptado a plataforma à organização. Explicou-me que existem diversas outras organizações que a plataforma poderia ser útil, no caso da Machsom Wach, pela primeira vez, penso que que percebi, qual a acção que elas desempenham, acho que estámos todos um pouco enganados. Digo isto porque, apesar delas acharem a plataforma interessante, a maioria das vezes necessitam de formas mais rápidas, como chamadas directas para pessoas chave, a plataforma desenvolvida pode encaixar como instrumento de informação e pouco mais.
Percebi que uma organização como esta, necessita de um sistema de três níveis, um nível com esta plataforma, que serve para reportar e informar o mundo do que se passa em tempo real, a segunda e terceira são platafomas que terão que ser desenvolvidas, e aí já pensei que poderiam ser postas como novos projectos de mestrado. Uma plataforma, seria a de ter um servidor com serviço de SMS agregado, que consoante o código da mensagem recebida do campo, enviar sms simultâneos para diferentes pessoas ou organizações.
O outro nível, é muito semelhante ao anterior, mas em vez de sms, seria por chamadas em tempo real e simultâneas.
Percebi que elas lidam com situações que necessitam de respostas muito rápidas e o sistema que desenvolvemos, não dá respostas de uma forma rápida. Pelos vistos é vulgar haver tiroteiros, assim, não se pode usar o nosso sistema, mas sim tem que se usar um sistema de comunicação de voz simultânea.

Penso que um sistema que conseguisse ter estes 3 níveis de resposta seria um sistema bastante bom e que se poderia aplicar muito além dos cenários que previamente discutimos.

Ofereci-me para transmitir essas ideias aos meus orientadores (vocês ;) ) e dar os contactos delas para caso quissessem ir em frente com novos projectos poderem discurtir directamente.

Passaram-me contactos de telemóvel, para eu contactar directamente com eles para combinar a minha ida aos postos de controlo. Já tive que comprar um cartão de telemóvel Israelita para isso, o nível de vida aqui é altíssimo...
Em jerusalem existem cerca de 100 membros mas não têm sede, e só se reunem 1 vez por mês, logo a minha vinda a aqui não sei se fará o sentido que pensavamos vir a ter...

O que me transmitiram é que eu vá acompanhar as rondas, veja o que se passa com os meus próprios olhos, só assim saberei o que é necessário... acho que isto deveria ter sido feito no início não no fim...
Não vou ter hipótese de me reunir com diversos membros, não vou conseguir fazer uma apresentação para diversos membros. Isto deveria nos ter sido dito antes, porque aquilo que estávamos a pensar só a minha ida aos checkpoints e conhecer alguns dos membros é que é válida. Não existe apresentação oficial da plataforma, não haverá formação, não haverá instalação da aplicação nos telemóveis... porque cada um tem a sua vida, são voluntários, não têm onde se reunir, e têm as escalas já feitas há muito tempo. Isto é como os enfermiros sai uma grelha com as escalas das rondas de cada um e para onde, de resto não existe muito contacto entre a maioria eles. A ideia que tinhamos da organização é um pouco diferente da realidade.

São 16h50 e ainda não sei se a Yehudit, se reúne comigo hoje.
Mas pelo menos a conversa de manhã com a Ronny e a Avital, foi bastante produtiva para se conhecer melhor a organização e as suas actividades e acções.

Durante as duas horas que estou aqui a criar este blogue, está um soldado armado do lado de fora da janela do hotel será que quer dizer alguma coisa? :)

Tomei contacto com mais um membro da Machsom Watch, Efrat Benvenisti. Amanhã acompanharei a Efrat e outros membros a uma das rondas aos postos de controlo. A minha primeira abordagem será ao de Betleheem, parto às 8h30. Dizem-se que é um dos postos mais problemáticos, chega-se a passar 3 a 4 horas para se poder passar o postos de controlo. Pessoas que necessitam de ir trabalhar às 8h00 da manhã, vão para lá às 03h00 para poderem passar, dizem que só vendo é que se compreende.

A seguir vou entrar em contacto com a Yehudit, para marcar alguma coisa para amanhã e/ou sábado.

Hoje por volta das 19h00 locais, não sei em o que se passou a cerca de 100 metros do hotel onde estou instalado, mas penso que terá sido uma tentativa de atentado ou coisa parecida. O aparato policial foi demais, rus todas fechadas ao trânsito, só se viam e ouviam sirenes, alguns tiros, coisa pouca, mas não rebentou nada, tirei algumas fotos do hotel a partir do meu qquarto, no décimo andar, como era já escuro, não sei se ficaram bem, mas pelo menos poderá mostrar que isto é mesmo um cenário de terrorismo, as pessoas já nem ligam. Desta vez não houve nada, espero que não haja emnquanto aqui estiver, pelo menos perto de mim. ;)



Dia 29 de Outubro

Aqui começa a minha aventura no para o país nos confins da terra.
A partida do aeroporto do Porto até Madrid tudo correr bem. Lá é que começaram as verdadeiras aventuras. Mudança de avião e começam os "problemas".
Ia eu a dirigir-me para o embarque para o segundo voo (sem estar surdo, mas taanta pastilha comi), quando me perguntaram se já tinha estado com a segurança da El Al. El Al, questionei-me eu, que raio de nome. Disse que não, então apontaram para uma fila que estava mais ao lado. Fiquei a saber que EL Al era a companhia aérea de Israel, e ali era o apertado controlo de segurança. Fácil de perceber, porque a maioria eram judeus ordodoxos (aqueles individos com os cabelinhos compridos atrás das orelhas e barba.) Lá fui eu, tudo estava a correr bem até que verifiquei que as pessoas israelitas tinham ordem de passagem, as outras faziam montes de perguntas. Continuava tudo a correr bem, até que reparei que alguns estrangeiros, ao fim das perguntas passavam outros mandavam-nos sentar. Já estava a ver as coias a não correr tão bem. Lá chegou a minha vez...
Calhou-me um segurança que por acaso era todo simpático, até falava "portunhol". Fiquei mais aliviado, antes portunhol do que hebraico...
Lá começaram as perguntas da praxe. O que ia fazer a Israel, ao qual respondi que ia em negócios (tal como o Prof. Leonel tinha sugerido). Negócios perguntou-me ele a olhar para mim muito sério. Sim, respondi. Com quem perguntou ele. Com a organização Machsom watch. então as coisas pioraram quando ele muito sério olhou para mim e perguntou o que era isso.
Pronto, pensei deu para o torto...
Lá estive eu a explicar a ele o que era, é a mesma coisa do que eu explicar a um vilarealense o que era a UTAD, tudo bem. Mas para piorar ainda mais um "pouquinho", perguntou então com quem é que eu iria contactar nessa organização. Agora um erro crasso meu, esqueci de imprimir os mails que trocamos com os nos nossos contactos. Só sabia o primeiro nome dos contactos. Lá disse que se chamava Yehudit, mas queria saber o sobrenome, não sabia, mas disse-lhe que se me deixasse ligar o portátil, lhe poderia dizer tudo. Disse que não era necessário.
Virou-se e não me disse mais nada, até que começou a andar para fora dali e, eu perguntei-lhe o que se passaria a seguir. Disse-me que iria investigar a minha história (porreiro, pensei eu se aquilo fosse um filme....). Lá me sentei eu à espera, faltava 30 minutos para o voo levantar, quando faltava 5 minutos para o voo, vieram ter comigo, pensando eu par me dar o passaporte pra eu poder embarcar. Mas não, indicou a um segurança Isarelita, para me acompanhar e a mais 3 pessoas a um local, continuo sem perceber hebraico, mas em certas situações bem que queria perceber....
Bem... quando comecei a passar por portas com duplos sistemas e segurança, elevador com sistema de segurança, não achei muita piada. Lá chegámos nós a uma sala onde já estavam mais duas ou três pessoas além de um dezena de seguranças israelitas.
Perguntaram-me o que ia fazer a Israel, o que levava, etc. mandaram-me tirar o telemóvel, o cinto, etc, para passar pelo detector de metais, tudo bem, sem problemas... mandaram-me sentar e pôr a mochila e o saco da máquina digital numa mesa. Costumam ver o CSI, pois bem eu consegui ter uma demontração ao vivo, tiraram tudo o que eu tinha mochila (o que não era nada pouco, diga-se de passagem), só não utilizaram uma faca para me descozerem a mochila porque depois não deveriam ter linhas para a cozer. Com aparelhos de detecção sei lá do quê, passaram tudo a pente fino, nenhum cabo passou despercebido nem inspeccionado...
Olhei para o relógio e pensei, bonito perdi o voo, já passava 30 minutos após a hora prevista.
Mais espantoso foi quando chegaram com o detector com um tecido junto dos sapatos e foram analisar, por acaso a mim nada deu negativo, mas a um indivíduo os testes dos sapatos deram positivos, disparou o alarme da máquina de analisar, conclusão, sapatos apreendidos, a sorte dele é que levava outros. Outro, levava dois telemóveis, deram positivo, a esse massacraram-no, ainda por cima um deles era novo, perguntáram-lhe onde comprou, para o pôr a funcionar, tirar fotografias, pôr a tocar, pôr a vibrar, e o homem todo trapalhado só lhe dizia que era um presente que a mãe lhe tinha dado dias antes e ainda nem sequer sabia funcionar com ele, conclusão se não sabia funcionar com ele, o segurança olhava muito sério para ele e devia estar a pensar ou o telemóvel não é dele, ou não é verdadeiro. Um autêntico filme. Ao fim de algum tempo e após ter demonstrado tudo o que lhe era pedido, os telemóveis foram apreendidos, enquanto a viaja durasse, após chegar a Israel poderia reclamá-los junto da segurança, aos sapatos aconteceram a mesma coisa...
Havia lá uma PSP que na zona do leitor dos discos fazia disparar o alarme, também foi apreendida. Pelo que me apercebi eram sensores de pólvora e outros géneros de explosivos ou materias perigosos. Lá me mandaram guardar novamente tudo. Passava uma hora e um quarto, pensei que o voo já era... mas não, estava à espera, não era da ibéria, como estava previsto mas sim da El Al, vinha cheio, eu ia na última fila 63, cada fila tinha 6 lugares, havia muita gente.
A aterrar em Israel, mesmo a mastigar as pastilhas as dores deram cabo de mim, mas pelo menos não fiquei surdo, pelo menos isso.
Chegado a Israel, novo controlo, mais uma vez pensei que iria passar por tudo outra vez, estava cansado, mas mesmo cansado...
Perguntaram-me o que ia fazer a Israel, mais uma vez respondi que eram negócios com a bla, bla, bla... Foi então que a moça ficou muito séria a olhar para mim e para o passaporte, e eu a pensar o que seria daquela vez...
Disse-me que não conhecia a organização, mandou-me repetir, até que se virou para mim e perguntou-me o nome do meu pai. O nome do meu pai? mas eu vim sózinho, pensei eu, mas lá disse eu o nome do meu pai. Olhou mais uma vez para mim muito séria e depois para o passaporte, e pôs-lhe um carimbo. Tinha terminado os postos de controlo.... UFA.

45 minutos à espera dum Nesher Taxi, que se lê "sherrud" (não me perguntem porquê). Quando encheu, lá me trouxe ao hotel. Durante a viajem ainda passei por dois postos de controlo militares, todos os militares com o dedo no gatilho, prontos a disparar caso fosse necesssáaio, um ou dois tanques ligeiros e alguns Hummers com metralhadoras.

Cheguei ao hotel às 22h00 da noite cansado sem ter comido grande coisa todo o dia, fui ver se comia alguma coisa, os únicos sítios que tinham ementa em inglês, desisti, os preços rondavam os 140 a 170 NILs (entre os 30 e 35 euros), por um prato de galinha, nã...
Lá descobri uma espécie de pizaria que tinham uma massa coberta com queijo... mesmo assim 60NILs (mais caro do que o táxi do aeroporto para jerusalem, 50 km, 50 NILs).
caí na cama e adormeci por volta das 24h00.