sábado, 1 de novembro de 2008

1 de Novembro - 4 Dia


10H00 da manhã, não há nenhum contacto por parte da Yehudit Elkana. Resolvo telefonar-lhe, atende de imediato, e após os meus pedidos de desculpa pela hora, perguntei-lhe a que horas me poderia receber. Perguntou-me como estava a minha agenda para hoje, ao qual respondi que não tinha nada marcado então ela disse-me que me receberia em sua casa às 17h00, para tomarmos um café e podermos falar.
Começou por dar inicações onde morava, eu bem tentava ver no mapa, o que ela me dizia (será que não poderia ter posto nomes nas ruas como nós, a rua do Manel, do Zé, etc., não tinham que pôr aqueles nomes todos esquisitos, como por exemplo "Ma'aleh Ze'ev" :)... ).Lá estava eu a desenrascar-me mais ao menos, quando o crédito do meu telemóvel foi à vida, bonito, logo na quene momento, as chamadas aqui são bastantes caras... tive que ir recarregar o telemóvel, mas não lhe liguei de novo, porque a partr do ponto que acabou a chamada estavamos perto da casa dela. Pensei que seria melhor quando estivesse lá mais perto lhe telefonaria, que seria bem melhor.
Como gosto de me preparar, parti naquele momento para lá para ver se dava com aquilo (a andar, pelos menso cálculos, ainda era bastante tempo). Fui nas calmas, passeei pelos parques que encontrei no caminho, bastante agradáveis, diga-se de passagem, até que cheguei ao local onde terminámos a conversa, teria passado po volta de uma hora e meia. Voltei para cima, tentei encontrar alguma coisa onde pudesse comer, hoje está tudo fechado. Após algumas voltase com o estomago a dar horas, encontrei um MacDonalds, YES... Ia a entrar, quando um indivíduo pôs uma mão à minha frente barrando-me o caminho, olhei para ele e ele fez-me sinal para a bolda da câmara. Disse-lhe qu era uma câmara, mas mandou-me abrir a bolsa, bateu-lhe três vezes, e mandou-me seguir (ora esta agora andam-me a bater nas minhas coisas assim sem nem menos?, não gostei, mas pronto, estava com fome e esqueci o assunto.) Após comer, fui para o hotel eram cerca das 14h30, tinha que descansar um bocado, porque até agora só ando a pé e já tenhos uns bons quilómetros nas pernas (não são as pernas que me doiem mas sim os pés, que contínuo com eles ligados).
Descansei até às 15h55, hora a que telefonei para a Avital, uma das pessoas que vou acompanhar ao postos de controlo de Kalandia, na parte da manhã. Atendeu-me o telefone, mas entretanto, disse-me que não me poderia dizer nada naquele momento para lhe telefonar mais tarde, por volta das 20h00. Peguei na minha mochila, coloquei-a às costas, peguei na minha câmara (sem comigo, a minha grande companhia nesta viagem) e lá fui eu, sabia que iria demorar no máximo 30 a 35 minutos, pelos cálculos lque tinha feito de manhã, mas perferia ir com antecedência. Cheguei ao ponto onde tinha estado de manhã às 16h32 minutos. Estava cansado (cá faz calor trouxe dois casacos não sei para quê, ando sempre camisa com as mangas arregaçadas...) sentei-me a contemplar uma fonte de água rodeada por leões em bronze, e a ver as crianças a brincar na fonte com barcos improvisados. Estava a passar o tempo, queria estar assim até às 16h50, hora que telefonaria à Yehudit para saber o resto do caminho.
Às 16h48 toca o telemóvel, era a Yehudit, a perguntar onde me encontrava, disse, que estava no ponto onde tinhamos terminado de manhã, num cruzamento estranho de 2 ou 3 ruas (por um não sei se poderá considerar rua). Disse-me o nome da rua, mas por esse nome não ia lá (as ruas aqui têm diversos nomes, ou podem se designar por diferentes maneiras, por exemplo a rua King David também se chama de David Hamelech - acho que Hamelech quer dizer, não é fácil dar com os nomes), então como estava em frente de umas bombas de gasolina, disse para ir na primeira à direita no sentido oposto às bombas, depois virá na primeira à esquerda e ela estaria aí à minha espera. Mochila às costas, câamaara ao ombro, e lá vou eu em passo de corrida, vou, vou, vou, até que chego a um hotel, Mont Zion Hotel, e penso que não será por ali, telefono-lhe e digo-lhe qque estou em frente ao hotel, se era por ali, disse-me que não, estada no sentido errado, combinámos então na estação de serviço, lá andeia tudo para trás. Quando cheguei começei a varrer com os olhos a estação de serviço, com espectativa em ver qquem seria a Yehudit Elkana, que pela voz parecia ser uma pessoa já com uma certa idade mas com uma firmeza e calma ao falar impressionantes. Os meus olhos centraram-se numa senhora que estada al lado da estação de serviço. Como Eu tinha imaginado, uma senhoraa com uma certa idade. Digi-me a ela e ela a mim, perguntámos os nomes um ao outro. O encontro estava feito. Fomos a caminho da casa, que a propósito, não era no sentido oposto às bombas, mas sim seguir pelas bombas (ia mesmo lá dar com o sítio...). Passados 5 minutos de caminho chegámos à sua casa. Durnte esse tempo pouco falámos, perguntou como tinha corrido as coisas no dia anterior e com quem tinha estado.
Chegámos à sua porta, uma zona de vivendas uito bem consstruídas e bem protegidas. Quando olhei para o lado da prota, que era blindada ( não era a porta de casa mas sim o portão), estava uma painel com código digital câmara de filmar e mais algumas coisas que não percebi (segurança não falta naquela casa, pensei eu). Pouco depois o portão começou a abrir-se, no interior um caminho em pedra rodeado por pequenos jardins, consoante andáavamos, as luzes iam acenendo no jardim, dando a conhecer uma linda vista. Ao chegarmos à porta de casa a porta começou-se abrir automaticamente. Entrei, verifiquei que a casa tinha um grande sistema de segurança, entrar de alarmes bastante moderno (trabalhei alguns anos neste ramos e sei reconhecer quando os sistemas são a sério ou não, este era...) monitor TFT de 9" a cores, que percebi que estava ligado à cãmara na porta exterior e a outras funções, como por exemplo ao ligar e desligar as luzes etc.
A casa era simplesmente um sonho para qualquer um, metade da casa era constituído por estandes com livros, todos muito arrumados, não me tinha enganado na previsãao que tinha feita d Yehudit. Via-se que era bastante culta.Para começar quiz saber como tinha onhecido o seu sobrinho. Sobrinho, pensei eu. Que soubesse, não conhecia nenhum sobrinho dela. Respondi que deveria haver engaano porque achava que não conhecia nenhum sobrinho dela. Respondeu-me que sim, que conhecia, o Yishay Mor. O Yishay Mor era sobrinho dela. Bolas, pensei eu para mim, porque é que sou sempre o úlimo a saber e sou apanhado nestas coisas. Alguém de vocês sabia que ele era sobrinho dela. Se sabiam bem podiam me ter dito. Senão o próprio Yishay teveria ter dito isso. Mas passando à frente.
Começei a contar a história pelo princípio, mas msmo pelo princípio, desde a aaltura que alguem chegou ao pé de mim e do hugo que nos disse ue tinham um projecto que era um projecto de excelência, que seria um prazer trabalhar-se para um projecto de excelência. Alguêm se lembra disso? Não? Não se façam de esquecidos. Ok, voltamos ao que interessa.
Expliquei-lhe tudo, ou pelo menos acho que não faltou nada, desde os contactos do Yishay, aos contactos com o Ari, que ela não conhece, mas conhece muito bem o contacto que o Ari tem, a Noami. Disse-me que o sobrinho já lhe tinha falado deste sistema, pela primeira vez a cerca de 2 a 3 anos (foi quase no início, pelas minhas contas).
Entretanto com o café feito de fresco, pudémo-nos sentar e começar a fazer a apresentação da plataforma. Perguntei-lhe se ela tinha acesso à internet. Respondeu-me que sim, e que tinha wifi em casa. Óptimo, era só o que eu precisava, porque com o meu telemóvel, poderia mostar a funcionar a aplicação, através da rede wifi. Só esperava que não desse barraca. No deu, correu como deveria ter corrido. a Yehudit gostou daquilo que viu, reconheceu o mapa, não sei se foi ela qque disponibilizou aqule mapa para o Mediaboard, onde o fomos buscar pela primeira vez.
Fez testes, leu os posts que estavam criados, tive que lhe explicar que toda aquela informação tinha sido recolhida do site deles ou na internet e inserida por mim, só para funcionar como teste.
Criou novas entradas. Tudo correu bem (UFA, ainda bem, só faltava neste momento correr mal). Passei de seguida para o emulador que temos no nosso servidor para explicar como tudo funcionava, visto que lá poder-se-ia ver tudo ao mesmo tempo e eria melhor a compreensão. Lá verificámos que a informção inserida por ela lá se encontrava. Mas repou logo nas horas de inserção. Quando estávamos a fazer o teste eram 17h32 locais, 15h32 portugueses, mas o blogue presentava 8h32. Tive que lhe explicar que o mais provável é ser a hora onde o servidor do Blogger estava, em princípio nos USA. Isso provou alguma confusão e ela acha ue pode levar a haja enganos. Concordo, temos ver se conseguimos configurar isso no blogger.
A seguir passei para a apresentação que tinha preparada para cá. Lá mostrada os problemas, os objectivos que querias alcançar com o desenvolvimento da plataforma e a explicação passo a passo do funcionamento da aplicação com imagem real.
Após a apresentação, ela fez o apanhado da situação e colocou-me algumas questões. Começou-me por perguntar se a aplicação funcionaria nos telemóveis antigos. À qual respondi que para a aplicação correr o telemóvel teria que respeitar três características: 1) correr aplicações java; 2) suportar o profile MIDP 2.0 e 3) suportar o profile CLDC 1.1. se estas características fossem satisfeitas, correria, senão não. Mas em princípio os telemóveis mais antigos, apesar de a maioria já correr aplicações java, não suportam os dois profiles necessários, logo em princípio não correria. Este foi um problema que sempre levantámos, lembram-se?
A segunda observação quer ela fez foi na sua utilização, ao contrário do que nós pensávamos, que a organização era constituída por um leue muito variado de idades,, não é bem assim. Na realidade existem muito poucos membros novos (em idade, ainda por cim a tive o privilégio de ir ao primeiro checkpoint, com dois dos membros mais novos da organização, a Efrat e a Leah, a mais novinha), a maioria dos membros situa-se entre os 60 e os 80 anos. Logo terão a paartida alguma dificuldade em ligar com a aplicação. Respondi ue o funcionamento da aplicação assemelha-se muito ao enviar um simples sms. E qquando vim vinha com a intenção de dar formação aos membros, mas isso não foi possível, visto que apesar serem uma organização, não têm sede, e reúnem-se de tempos em tempos. Este foi outro problema questionado por nós no início, lembram-se? Os mais velhos será que se adaptavam ou não? Pelos vistos nestes pontos as nossas reflexões foram correctas.
Falei-lhe da minha conversa com a Ronny e a Avital, e ela concordou com o que se tinha dito. Mas também reconhece que este sistema pode ser utilizado em situações menos críticas, como por exemplo no relaato de situções de impedimentos de paassagens de palestinianos, etc. Mas isso levaria a que um membro tivesse como tarefa a monitorização dos blogues para ver quais as alterações. Esta parate era aquela que nós pensávamos que existia, mas não existe. Segundo a Yehudit, poderá ser possível, disse-me que também é membro outra organização de defesa dos direitos humanos, mas não só nos checkpoints, mas sim em todo o território. O que acontece aí é principalmente o ataque dos colonos aos palestinianos. Aí este sistema poderia ser implementado na sua perfeição, visto que muitas das situações não são resolvidas no instante, porque levam tempo, e poderiam ser utilizadas para relatar o andamento das situações.
Ela deu o exemplo muito comum que é, numa pequena localidade as crianças têm que atravessar um terro desértico até outra localidade, para irem para a única escola que existe nas redondezas. Elas têm que levar escolta policial, senão os colonos atacam as crianças. Por vezes o jipe militar não vai e têm ue lhe telefonar a ela a dizer isso. Ela entra em contacto com a comandante da região (sim é mesmo uma mulher :) ) para relatar o caso e peddir que enviem a escolta policial. Com o sistema ela só teria que ir vendo de tempos em tempos como estavam as situações, bastante haver um telemóvel com a aplicaação instalada em cada localidade.
Mas segundo ela, a partir de agora poderermos tratar tudo "electronicamente", gostei do termo que ela aplicou para os contactos poderem ser continuados atravês de mails.
Pediu-me pra me encontrar com a Meraver em Tel Aviv, visto ela ser um das únicas tecnologas que elas têm, combinei com ela que iria terçaa de manhã para Tel Aviv, passaria lá todo o dia com a Meraver, e teria que partir na madrugada do dia seguinte.

Prontificou-se para tratar de organizar todas as minhas saídas plara os checkpoints, telefonando aos responsáveis de cada grupo, combinaando as horas e locais, bem como é que eu poderei lá chegar. Obrigado Yehudit.
Por último pedi-me para quando eu me fosse embora, apagasse a aplicação do telemóvel, e não falásse da organização quando me interrogássem, pois poderia vir a ter problemas. Nunca, referir que fui a checkpoints, porque senão irão fazer-me a vida negra. Dizer que vim como turista e aproveitei paaraa a visitaar a ela, porque era tia de um dos meus colaboradores de mestrado, para lhes dar os contaactos dela que ela falaria com eles caso fosse necessário.
Vamos ver se consigo sair daqui bem... é cada notícia qque assusta.

Entretanto enquanto estava na casa da Yehudit, Avital telefonou-me para combinar aminha saída de manhã, acabou por ser a Yehdit que tratou de tudo,. Saio às 6h30 da manhã para Kalandia.

Por hoje a aventura termina, amanhã haverá mais...

Terminámos por dizer que ela agora conhecia a nossa aplicação, agora é necessário eu acompanhar as rondas para perceber quais as reais necessidades delas.

Nenhum comentário: